Sondado para a seleção, auxiliar do São Paulo aguarda proposta e cogita ter dupla função

O nome de Milton Cruz tem sido ventilado nos bastidores da CBF para se tornar auxiliar-técnico da seleção brasileira.

O atual presidente da entidade, José Maria Marin, o considera a “menina dos olhos” da sua nova gestão. Mas o UOL Esporte apurou que o profissional espera uma proposta oficial do mandatário para se posicionar, e até cogita conciliar a função com o trabalho que realiza no São Paulo.

A pessoas próximas, Milton Cruz diz acreditar que justamente por não exercer a função de primeiro auxiliar do técnico Emerson Leão no São Paulo (cargo ocupado por Fernando Leão) é que ele poderá conciliar com o trabalho na seleção brasileira.

Mas até por ter uma história profissional intimamente ligada ao São Paulo é que Milton Cruz só deverá se pronunciar oficialmente se o convite de Marin for colocado no papel. Por enquanto, houve apenas um contato por telefone entre os dois.

O São Paulo encara a chance de Milton Cruz trabalhar na CBF ainda como boato. Os dirigentes do clube argumentam que é muito cedo para Marin realizar mudanças deste tipo na entidade.

No entanto, se o convite realmente for ratificado, o São Paulo deverá analisar se haverá o tão falado “conflito de interesses” entre as duas funções que Milton Cruz exerceria. Se a cúpula chegar a esta conclusão, o auxiliar terá de escolher entre ficar no Tricolor ou ir para a seleção brasileira.

O histórico do São Paulo, porém, indica que Milton Cruz terá de fazer uma escolha. O preparador físico Carlinhos Neves se desligou do Tricolor após receber o convite de Mano Menezes para trabalhar na seleção brasileira.

Mano, aliás, pode ser um empecilho para a chegada de Milton Cruz na seleção. Os dois tiveram uma séria discussão durante um clássico entre Corinthians e São Paulo, em 2009, quando o primeiro comandava o Timão e o segundo era interino no Tricolor.

"Você é interino, eu sou técnico", ironizou Mano. "Você ganhou o quê? Eu sou campeão do mundo e tricampeão brasileiro", retrucou Cruz. Mas os dois fizeram as pazes depois.

Não foi a primeira vez que o nome de Milton Cruz foi ventilado na CBF. Antes de contratar Mano Menezes, o então presidente Ricardo Teixeira queria Muricy Ramalho e, na época (2010), existia também o interesse de ter o auxiliar do São Paulo no seu corpo técnico.