segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ministro são-paulino dá exemplo de ética no julgamento do Habeas Corpus do caso Oscar

No post  “A Sociedade, eu e o Ministro”, escrevi  que teria sido melhor se o Ministro Caputo Bastos  não tivesse participado das decisões do litígio entre Oscar e o São Paulo.

Casado com a filha de um conselheiro do Internacional, que também é consultor do escritório contratado para defender o atleta, teria sido melhor se ele tocasse a bola para outro Ministro apreciar o Habeas Corpus.

Evitaria qualquer tipo de comentário negativo sobre a isenção e a honestidade dele, caso decidisse em favor do atleta (do Colorado consequentemente), tal qual fez.

Agora, o Habeas Corpus, como de praxe, será julgado pela Subseção 2 da Seção Especializada em Dissídios 

Individuais, composta por 9 ministros.

Um deles é o próprio Caputo Bastos, Ministro Relator.

Entre os nove também está o Ministro Pedro Paulo Manus.

Ele é são-paulino e faz parte de um grupo de notáveis que participa das reuniões do conselho consultivo do clube.

O Ministro Pedro Paulo Manus não anunciou oficialmente, mas, por causa da ligação com o time do Morumbi, se dará por impedido e não participará do julgamento do Habeas Corpus.

Quero aplaudir a postura de Pedro Paulo Manus.

Vai deixar a paixão de lado para evitar especulações sobre seu trabalho no cargo tão alto e importante da justiça trabalhista brasileira.

Não permitirá questionamentos a respeito de sua postura como Ministro.

Espero que não mude de idéia, pois serve de exemplo.

Substituição e exemplo

Normalmente, outro Ministro substitui o colega que se dá por impedido.

Um dos exemplos é a Ministra Maria Cristina Peduzzi, que tem um filho advogado.

Ela não participa dos litígos nos quais o parente trabalha.

Não descobri ainda se outro Ministro ocupará o lugar de Pedro Paulo Manus no julgamento do Habeas Corpus de Oscar.

Vitor Birner

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